27 de out. de 2010

A Limpeza dos Cascos




Comece pelo membro dianteiro ,posicionando-se corretamente, ou seja, se você vai limpar as patas dianteiras, fique em pé do lado do cavalo. Quando o cavalo já estiver acostumado, ele logo erguerá a pata ao sentir o toque de suas mão em seus membros. Uma prática segura é empurrar a espádua do cavalo com seus ombros para que ele desloque seu peso para as outras patas. Uma vez que a pata estiver levantada segure-a com uma mão e limpe com a outra.
No membro traseiro o processo é parecido com o das patas dianteiras, mas talvez um pouco mais complicado devido a conformação do animal (anatomia do jarrete). Primeiro levanta a pata para frente, somente depois vire-a para trás. Para pegar a pata traseira, fique de pé ao lado da garupa na altura da anca do cavalo. É importante ficar bem perto, pois caso o animal tente dar coice, será mais fácil esquivar-se. Apóie as duas mãos na garupa do animal e depois vá descendo por trás do quarto traseiro do animal. Quando suão mãos atingirem a canela faça leve pressão até que ele dobre seu jarrete e estenda-o para frente (antes de vira-lo para trás).
Segure a pata de seu cavalo distante do chão para que ele perceba que você quer mantê-la em suas mãos. Faça com que perna, joelho e jarrete dobrem naturalmente.
Quando a perna estiver em suas mãos, ou em seu colo, e o cavalo não estiver mais puxando, comece a limpeza do casco. Para a sua segurança, nunca limpe enquanto o cavalo estiver puxando, ou tentando estirar.
O material usado é um limpador de metal, normalmente coberto com borracha onde você segura. Mas, a maioria prefere o modelo de plástico ou ferro. Existe alguns que ainda tem uma escova acoplada para fazer a limpeza dos entulhos mais fácil.Medidas de Segurança
Com um cavalo novo ou irrequieto amarre-o ou tenha alguém para segura-lo. Com um cavalo novo ou irrequieto amarre-o ou tenha alguém para segura-lo.Nunca mexa, ou tente levantar a pata sem antes manter um contato com a parte superior do corpo do animal, pois os mesmos podem reagir dando coices ou pulando de surpresa.Nunca sente no chão para limpar os cascos de um cavalo. Você fica sem mobilidade caso o cavalo queira se mexer ou dar coice.Nunca casqueie um cavalo quando estiver descalço, pode ser perigoso.Caso moscas sejam o problema, passe um spray repelente em seu cavalo, antes mesmo de segura-lo, para evitar que o incomodem.

Origem e evolução do Cavalo

Origem e evolução do Cavalo
Hyracotherium
O primeiro equídeo de que há registos foi classificado pelo nome deHyracotherium. Era um pequeno animal de floresta nos primórdios do Eoceno.

Este pequeno animal, que não media mais de 30 cm ao garrote era muito diferente em aparência dos cavalos que vemos hoje em dia. Era na verdade um pouco parecido com um cãodorso arqueado, pescoço curto, pernas curtas e uma longa cauda.
A sua alimentação era à base de frutas e folhagem de árvores. Graças à sua morfologia, este pequeno animal tinha tanta facilidade em saltar como um veado, sendo apenas mais lento e um pouco menos ágil.

Este pequeno equídeo foi em tempos conhecido pelo nome de Eohippus, que significa “cavalo do amanhecer”.
HyracotheriumHyracotherium tinha algumas características que devem ser referidas:
- Sendo um animal de floresta/pântano, possuía quatro dedos em cada membro anterior e três em cada membro posterior. Aquilo que é actualmente o cascoera uma das unhas, estando ainda presente em alguns cavalos a segunda unha vestigial. A forma como oHyracotherium apoiava as patas era semelhante á dos cães, exceptuando o facto de ter pequeninos “cascos” em cada dedo, em vez de ter garras.
- Cérebro pequeno, com lobos frontais especialmente pequenos.
- Baixa inserção dos dentes, sendo a dentição composta por três incisivos, um canino, quatro pré-molares distintos e três molares “moedores” em cada lado de cada mandíbula (esta é a constituição dentária dos mamíferos mais primitivos). As cúspides dos molares foram ligeiramente unidas em cristas baixas, dentição típica de um animal omnívoro.

Nesta altura da era Eoceno os equídeos não eram muito diferentes dos restantes membros do grupo perissodáctilo.

O género em que se inclui o Hyracotherium inclui também outras espécies que podem estar até relacionadas (ou mesmo ser ancestrais) com o rinoceronte e o tapir.

Fazendo uma retrospectiva, o Hyracotherium, apesar de ser bastante primitivo, foi um animal que se adaptou perfeitamente ao meio onde habitava. Aliás, ao longo da maior parte do Eoceno, esta espécie sofreu poucas alterações. O corpo e membros mantiveram-se praticamente inalterados, apenas com ligeiras diferenças nos dedos. A maior alteração deu-se ao nível da dentição. À medida que os equídeos começavam a comer mais plantas e menos fruta, começaram a desenvolver mais dentes de moer, para melhor lidar com o novo tipo de alimentação.

Orohippus

Orohippus
Aproximadamente a meio do Eoceno houve uma gradual transição doHyracotherium para um parente próximo. O Orohippus era em tudo semelhante aoHyracotherium, costas arqueadas, pescoço curto, “patas de cão”, focinho curto, etc.

A alteração mais significativa verificouse nos dentes. O forma do ultimo pré-molar alterou-se, dando ao animal mais um “dente moedor”. A juntar a isto, as cristas nos dentes eram mais pronunciadas, indicando que o Orohippus estava a comer alimento mais rijo.

Epihippus

Epihippus
Epihippus surgiu do Orohippus. Tal como os seus antecessores, possuía ainda bastantes semelhanças com um cão. Cérebro pequeno, quatro dedos nos anteriores e três nos posteriores, patas com almofadas plantares. No entanto a forma dentária continuava a evoluir. Nesta altura os dois últimos pré-molares tornavam-se semelhantes aos molares, proporcionando ao animal cinco “dentes moedores”.

Há uma fase posterior do Epihippus, algumas vezes chamada de Duchesnehippus. Não está provado se seria um sub-género ou uma espécie de Epihippus. Este animal era basicamente um Epihippus com uma dentição semelhante ao mesmo, apenas um pouco mais primitivo do que o posterior cavalo do Oligoceno.

Fim do período Eoceno, inicio do Oligoceno

À medida que se aproximava o Oligoceno, a fisionomia dos cavalos começava a sofrer algumas alterações. O clima da América do Norte estava a tornar-se mais seco, as ervas a começar a desenvolver-se e as vastas florestas estavam a começar a diminuir de tamanho. A resposta dos animais a esta alteração do seu habitat natural foi o desenvolvimento de uma dentição mais resistente, o alargamento do corpo e começaram a surgir animais um pouco mais altos e com membros que lhes permitiam a fuga em caso de necessidade, uma vez que cada vez mais viviam em espaços abertos.

Mesohippus

Mesohippus
A espécie Mesohippus celer surgiu “repentinamente” no ultimo período do Eoceno. Este animal era ligeiramente mais largo e mais alto que o Epihippus, medindo cerca de 50 cm ao garrote. Já não era tão semelhante a um cão. Tinha o dorso menos arqueado, os membros mais compridos, o pescoço mais longo e mais fino, o chanfro estava também mais largo e mais comprido.

Mesohippus tinha três dedos nos seus posteriores e nos anteriores o que era o quarto dedo estava agora reduzido a uma unha vestigial que com o passar do tempo acabaria por desaparecer.

Outras alterações significativas:
· Hemisférios cerebrais notoriamente mais largos.
· Os últimos três pré-molares eram semelhantes aos molares, proporcionando aoMesohippus um conjunto de seis “dentes de moer” semelhantes, com apenas um pré-molar na frente.
· Tem as mesmas cristas de dente que o Epihippus, bem-formadas e agudas, mais próprias para moer a vegetação mais resistente. 

Miohippus

Miohippus
Pouco depois do aparecimento do Mesohippus celer e do seu parente próximoMesohippus westoni, surgiu um animal semelhante, o Miohippus assiniboiensis.

Esta transição ocorreu algo “repentinamente”, mas felizmente foram encontrados alguns fósseis de transição que permitiram relacionar os dois géneros. UmMiohippus era notoriamente mais largo do que o típico Mesohippus, possuindo também um crânio ligeiramente mais longo.

Miohippus começou também a apresentar uma crista nos seus dentes superiores. Esta crista tornou-se uma característica nas mais recentes espécies equinas.

Primórdios do Miocénio

Mesohippus acabou por desaparecer a meio do Oligoceno. O Miohippuscontinuou a existir durante algum tempo tal como era, e logo no principio do Miocénio começou a modificar-se rapidamente. A família de cavalos começou a separar-se em pelo menos 2 linhas principais de evolução e mais um pequeno ramo distinto.

1º - Indivíduos com três dedos em cada membro. Estes indivíduos tornaram-se bastante resistentes, espalhando-se gradualmente pelas planícies. Sobreviveram durante cerca de dez milhões de anos. Mantiveram a dentição do Miohippus. Este género inclui o Hipohippus e o Megahippus.
2º - Uma linha de cavalos pigmeus, que acabaram por não sobreviver durante muito tempo. Eram os Archeohippus.
3º - Uma linha de indivíduos que evoluiu através da alteração dos hábitos alimentares, tirando partido dos novos tipos de pasto.

Grandes planícies começavam agora a surgir, criando uma nova oportunidade aos “comedores de erva”. Estes precisavam de uma dentição forte e resistente, pois este novo tipo de alimentação era mais difícil de mastigar.

O cavalo como animal de planície

À medida que a terceira linha de cavalos do Miocénio se começava a alimentar unicamente de ervas, diversas alterações começaram a ocorrer, começando obviamente pela dentição. As pequenas saliências nos dentes começaram a alargar e a formar uma espécie de cristas que ajudavam a moer a comida. Houve um aumento na altura das coroas dos dentes, para que estes pudessem continuar a crescer depois do desgaste do topo do dente, desgaste esse que era provocado pelo movimento continuo de mastigar.

Estes cavalos tornaram-se exímios corredores. Houve um aumento no tamanho do corpo, no comprimento dos membros e no comprimento do chanfro. Alguns ossos que antes estavam unidos por ligamentos começaram a fundir-se. A musculatura das pernas tornou-se ideal para os movimentos de andar para a frente e recuar. A alteração mais significativa foi o facto de a partir de dada altura o cavalo começou a manter-se em “pontas dos pés“, ou seja, em vez de apoiar todos os dígitos no chão (como um cão, por ex) passou a apoiar o peso de cada membro sobre um único casco que se desenvolveu com essa finalidade. Esta alteração permitia uma maior velocidade em caso de necessidade de fuga.

Esta foi uma das épocas mais interessantes no que toca á evolução do cavalo. A transições podem ser vistas nos seguintes exemplos.

Kalobatippus

Kalobatippus

Este género não é dos mais conhecidos, mas o seu tipo de dentição parece ser um meio termo entre o Miohippus e o posterior Parahippus.

Parahippus

Parahippus
Surgiu no inicio do Miocénio. O típico Parahippus era um pouco mais largo que oMiohippus, mas mantendo uma forma corporal semelhante e um tamanho de crânio igual. O Parahippus ainda mantinha os seus três dígitos, mas estava a começar a desenvolver os ligamentos elásticos que seriam de grande utilidade quando fosse um animal com apenas um digito.

Parahippus mostrou modificações graduais nos seus dentes, inclusive o estabelecimento permanente da crista extra que foi tão variável no Miohippus. OParahippus evoluiu rapidamente até se tornar um cavalo rápido e ágil, ao qual foi dado o nome de Merychippus gunteri.

Os fósseis encontrados de Parahippus (Parahippus leonensis) que foram encontrados, são na verdade tão semelhantes ao Merychippus que se torna difícil traçar uma linha entre os dois géneros. 

Merychippus

Merychippus
Um Merychippus media aproximadamente cerca de 80 cm, o maior cavalo daquela altura. O chanfro alongou mais um pouco, o maxilar tornou-se mais profundo, os olhos do cavalo “moveram-se” um pouco mais para trás, para dar espaço ás grandes raízes dos dentes, o cérebro aumentou de tamanho, tendo um neocortex fissurado e um maior cerebelo, o que fazia do Merychippus um cavalo mais inteligente e mais ágil do que os restantes.

Meryhippus possuía ainda três falanges, no entanto o peso de cada membro já assentava unicamente sobre um casco, que mantinha o seu movimento através de uma rede de ligamentos bastante elásticos e resistentes. O rádio e o cúbito do antebraço fundiram-se, eliminando assim a rotação do membro. Do mesmo modo a fíbula sofreu uma diminuição no seu tamanho.

Todas estas mudanças ocorreram para que o cavalo em corrida conseguisse ter mais velocidade e agilidade de movimentos, mesmo em terrenos difíceis!

Fins do Miocénio

Nos fins do Miocénio o Merychippus foi um dos primeiros animais a habitar as planícies. Este animal rapidamente evoluiu e deu origem a 19 novas espécies de cavalos que se dividiram em três grandes grupos.

1º - Os herbívoros de três falanges. Este género era extremamente resistente e adaptou-se bem ao seu novo habitat. O Merychippus dividiu-se em 4 diferentes géneros e cerca de 16 espécies. Estes espalharam-se desde o Novo mundo até ao velho mundo, em várias épocas de migração conjunta.
2º - Uma linha de cavalos mais pequenos que incluía os Protohippus e osCalippus.
3º - Uma linha de “verdadeiros equinos”, nos quais as falanges laterais estavam a diminuir de tamanho. O Merychippus deu origem a duas novas espécies: O M. sejunctus e o M. isonesus. Estes por sua vez deram origem ao M. intermontanusM. stylodontus e M. carrizoensis.

Como esta breve lista mostra, novas espécies surgiram em rápida sucessão, em todos os três grupos. Esta rápida especificação torna difícil determinar exactamente quais espécies surgiram primeiro, ou quais deram origem a quais.

Através de toda a evolução das várias espécies, a fossa nasal destes animais tornou-se mais complexa. As novas espécies que entretanto foram surgindo foram desenvolvendo um certo tipo de glândulas semelhantes ás que possuem actualmente os veados e antílopes. 
Evolução do Cavalo

Cavalos com uma única falange (casco)

Concentremo-nos agora na linha do Merychippus, linha essa que conduziu aos “verdadeiros cavalos”. As ultimas espécies desta linha, tais como o M. carrizoensiseram cavalos largos, com pequenas unhas vestigiais na lateral do casco, na linha que divide o casco da quartela. Estes deram origem a dois grupos distintos que com o tempo acabaram por perder as unhas vestigiais. Á medida que estasalterações anatómicas ocorriam, desenvolviam-se ligamentos que tinham como objectivo ajudar a manter o casco estável durante a corrida em terreno difícil. Este grupo incluía: 

Pliohippus

Pliohippus
Surgiu a meio do periodo Miocénico como um animal ainda com três unhas. A perda gradual das unhas é visto no Pliohippus através de três diferentes épocas do Miocénio.

Pliohippus era bastante semelhante ao posterior Equus, o que fez com que até recentemente se pensasse que seria o seu antecessor directo. Duas diferenças significativas esclareceram este ponto. O Pliohippus tinha uma fossa nasal bastante funda, enquanto que a do Equus não era tão funda. Além disso, os dentes do Pliohippus eram bastante mais curvados do que os do Equus.

Apesar de o Pliohippus estar relacionado com o Equus não foi uma evolução directa de um para o outro.

Astrohippus

Astrohippus foi um dos descendentes do Pliohippus, outro cavalo que tinha apenas uma unha (casco). Este animal possuía também uma fossa nasal bastante pronunciada.

Dinohippus

Dinohippus
E finalmente a terceira geração de cavalos com uma só unha (descobertos recentemente). O antecessor directo do Dinohippus ainda não é conhecido. As espécies mais recentemente conhecidas são o D. spectansD. interpolatus, e D. leidyanus. Estes já tinham diversas parecenças com a espécie Equus, no que toca á anatomia do casco, dentes e forma do crânio. Os dentes eram ligeiramente mais estreitos do que no Merychippus, e as fossas nasais diminuíram significativamente. Uma espécie que surgiu um pouco mais tarde foi chamada deD. mexicanus. Esta espécie tinha os dentes ainda mais estreitos e fossas nasais menores.

Dinohippus era o tipo de cavalo mais comum na América do Norte, e acredita-se que tenha dado origem ao Equus (relembremos que o Equus tinha os dentes muito estreitos, direitos e quase não tinha fossas nasais.

Equus

Przewalski
Chegamos então ao Equus, a génese de todos os equinos modernos. O primeiroEquus media cerca de 90cm/1m (?) mas já possuía um corpo de cavalo. Coluna rígida, pescoço longo, pernas compridas, alguns ossos dos membros fundidos e sem nenhuma rotação, chanfro comprido, curvilhões baixos. O cérebro era um pouco mais baixo do que no Dinohippus. Tal como o Dinohippus, o Equus era (e é) um animal com uma única unha (casco), possuindo ligamentos elásticos que impedem que o casco torça ou saia do sitio.

Os exemplares da espécie Equus possuem ainda o código genético que faz com que continuem a surgir unhas vestigiais. Por vez acontece um poldro nascer com unhas completamente formadas, mas de tamanho diminuto.

As mais recentes espécies de Equus conhecidas formavam um grupo de três, conhecido como Equus simplicidens. Estes tinham ainda algumas características primitivas do Dinohippus, tais como uma ligeira fossa nasal. Tinham também listras de zebra e um crânio de burro. Tinham provavelmente crinas duras e erectas, uma cauda com pouco pêlo, membros listrados e alguma perda de pêlo no corpo.

Estes diversificaram- se rapidamente em 4 grupos diferentes, e pelo menos 12 espécies novas. Estas novas espécies coexistiram pacificamente com outras como o Astrohippus, enquanto prosseguiam a sua evolução natural. Durante a primeiro era glaciar (fim do Pliocénio) várias espécies de Equus migraram para o Velho Mundo.
Algumas entraram em África e deram origem ás zebras que conhecemos actualmente. Outras espalharam se através da África do Norte, evoluindo para espécies adaptadas a condições desérticas. Outras espécies espalharam- se através da Ásia e Europa, mais concretamente aquele que foi considerado o “verdadeiro cavalo”: Equus caballus. Outras espécies Equus espalharam-se pela América no Sul.

Comparemos o Equus ao Hyracotherium e podemos concluir que nunca poderiam ser considerados do mesmo “tipo” pois as diferenças entre ambos sugerem uma evolução a longa escala.

Equinos Modernos

Gradualmente foram desaparecendo os cavalos com três unhas. A maioria dos cavalos com uma unha, que habitavam na América do norte acabaram também por desaparecer à medida que tinha lugar uma era glaciar. No entanto, os exemplares da espécie Equus conseguíram resistir até cerca de um milhão de anos atrás. A espécie Equus estava presente por todo o território de África, Ásia, Europa, América do Norte e América do sul.

No Pleistocénio, na América do Norte e América do Sul houve diversas espécies que se extinguiram, incluindo grandes mamíferos. Todas as espécies equinas que habitavam estas zonas desapareceram, assim como o mamute e o tigre dentes de sabre.

Estas extinções em massa parecem ter sido causadas por uma combinação de alterações climáticas, assim como um excesso de procura e caça destes animais. Pela primeira vez em milhões de anos não havia espécies equinas nas Américas.

Os únicos exemplares do género Equus (e de toda a família equidae) que sobreviveram:
Equus burchelliEquus burchelli - a zebra africana, inclui as sub-espécies zebra de Grant, zebra de Burchel’s e a zebra de Chapman’s, o Quagga, etc. Este tipo de zebra é o que se considera a “típica zebra, com listras verticais largas e listras horizontais no dorso.
Equus zebraEquus zebra - A zebra sul-africana. Uma espécie mais pequena e com um padrão diferente da anterior.
Equus grevyiEquus grevyi - A maior espécie de zebra, com listras muito estreitas e enormes orelhas.
Equus caballusEquus caballus - O verdadeiro cavalo, que por sua vez deu origem a muitas outras sub-espécies.
Equus hemionusEquus hemionus - Espécies adaptadas ao deserto, incluindo “onagros”, E. Kiang.
Equus asinusEquus asinus - Burros, localizados na África do Norte.

Conclusão

Para muita gente, a espécie equina é o exemplo clássico de evolução. À medida que mais e mais fósseis de cavalos foram sendo encontrados algumas ideias sobre a evolução destes animais foram mudando, mas os equinos não deixam de ser um bom exemplo quando nos referimos a evolução. De facto, temos agora fósseis de diferentes espécies e géneros, que nos permitem avaliar as causas de uma outra outra especificação própria do processo evolutivo.

Além de mostrar que houve de facto uma evolução, o fóssil equidae mostra outras características da dita evolução:
- A evolução não acontece numa linha exacta. é como um arbusto que se vai desenvolvendo, sem ter um objectivo predefinido. A evolução do cavalo não teve um sentido inerente. Há a noção de que houve de facto um desenvolvimento da espécie porque acontece apenas um dos géneros estar vivo, o que leva algumas pessoas a pensar que a evolução tinha como objectivo esse género específico. A evolução equina é um ramo bastante diversificado, que está amplamente descrito nos livros e textos de biologia.
- Não há nenhuma “tendência” verdadeiramente consistente. Seguir uma linha desde o Hyracotherius até ao Equus mostra que várias alterações se foram dando, tais como a redução do numero de dígitos, aumento do tamanho dos dentes e modificação dos mesmos em prol da mudança de alimentação, alongamento do chanfro, aumento do tamanho do corpo. Mas estas alterações não se verificam em todas as linhas de evolução. A tendência principal foi o aumento da altura dos exemplares, no entanto há espécies que não respeitam esta regra, ou seja, que diminuíram de tamanho em relação aos seus antecessores (Archeotippus, Calippus). Alguns cavalos desenvolveram fossa nasal, outros perderam-na. Estes traços não evoluíram necessariamente juntos ou de uma forma constante. Por exemplo, durante todo o período eocénico os membros mudaram muito pouco e somente os dentes evoluíram. Durante o período miocénico dentes e extremidades (dos membros) evoluíram rapidamente. As taxas de evolução dependem das pressões ecológicas que a espécie tem que enfrentar.
- Novas espécies podem surgir através de mecanismos evolucionários diferentes. Por vezes as espécies podem afastar-se das características dos seus antecessores (ex: Miohippus do Mesohippus) e passar a co-existir com os mesmos. Outras espécies podem surgir através de uma alteração genética nos seus antecessores. Por vezes apenas um ou duas espécies surgiam, ou então haviam longos períodos sem surgir nenhuma nova espécie (ex. em todo o período Eocénico só o Hyracotherium existiu), outra vezes haviam um vasto leque de novas espécies, quando as condições ecológicas o permitiam.

De novo a evolução ocorre de acordo com as pressões ecológicas a que estão sujeitas os indivíduos das várias espécies e nas variações ocorridas dentro das várias espécies.

A evolução acontece no mundo real, com variações diversas, não podendo ser reduzida a um processo simples e único.

Dentição Equina - suas fases, idade do cavalo, e problemas



Dentição Cavalos
A dentição de um cavalo é das coisas mais importantes que devemos saber, por várias razões; para constatar o bem-estar do animal, para compreender a sua anatomia e saber como agir com ele, para saber com alguma precisão a idade do animal (para não cairmos em esparrelas), etc...
Ora, tal como nós, também os cavalos têm uma dentição específica, que, no caso deles, distingue machos de fêmeas.Como?Ora, um cavalo adulto macho tem 40 dentes, enquanto que as fêmeas adultas têm 36. Esta diferença deve-se à ausencia dos caninos nas fêmeas. 
Além disto, a sua dentição vai sofrendo mudanças ao longo da sua vida, uma vez que sofre desgate e os seus dentes têm crescimento contínuo. As fases são, no total, 7.
Estas mudanças dão-se sempre, mas sempre, das pinças para os cantos, portanto, nos incisivos.
Dentição CavalosEstrutura de um dente:
Um dente divide-se em 3 partes – a raiz, o colo, e a coroa – e varia de forma consoante a idade do anima, sendo que os dente de leite são mais curtos e redondos e os dos adultos são mais longos e afiados.
Enquanto que nós, humanos, temos dentes sem mesa nos incisivos(o que significa que na ponta mais externa não temos praticamente área, é mais como que uma lâmina) com os cavalos não acontece o mesmo, sendo que eles têm dentes largos na extremidade, para puderem trancar, puxar e rasgar as ervas necessárias, tendo assim maior área de contacto. Esta áera, com o desgaste dos dentes, ao longos do tempo, vai diminuindo.


Constituição da dentição: 

Os dentes dividem-se (de frente para trás) em incisivos, caninos(nos machos), prémolares e molares.
Os incisivos são 12 (6 no maxilar superior e 6 no maxilar inferior), os caninos são 4 (no mesmo esquema que os incisivos), 12 prémolares (6 + 6) e 12 molares (6 + 6).
Esta é a dentição adulta.

No caso dos poldrinho, no total, e antes de mudar a dentição, tem 24 dentes dentes caducos. são os 12 incisivos e os 12 molares.


Fases: 

A dentição, sofrendo mudanças ao longos dos anos, divide-se em 7 fases.

Fase 1 - Erupção dos Caducos 

- Nascem os pinças (dentes incisivos da frente) até à 1º semana de vida;
- Nascem os médios (dentes incisivos seguintes aos pinças) até ao 1º mês de vida;
- Nescem os cantos (incisivos mais das pontas) até ao 6º mês de vida.
Dentição Cavalos

Fase 2 - Rasamento dos Caducos 

- Rasam os pinças ao ano;
- Rasam o médios ao ano e meio;
- Rasam os cantos aos 2 anos.


Dentição Cavalos
Fase 3 - Muda dos Caducos

- Os pinças mudam-se aos 2,5 anos e acabm de crescer aos 3 anos;
- Os médios mudam-se aos 3,5 anos e acabam d crescer aos 4 anos;
- Os cantos mudam-se aos 4,5 anos e acabam de crescer aos 5 anos.


Dentição Cavalos


Dentição Cavalos
Fase 4 - Rasamentos dos Definitivos

Surgem os caninos nos machos, entre os 5 e 6 anos.

- Começam a rasar os pinças aos 6 anos
- Começam a rasar os médios aos 7 anos;
- Começam a rasar os cantos aos 8 anos.

Dentição Cavalos

Dentição Cavalos

Fase 5 - Arredondamento dos Incisivos 

Nesta fase, os incisivos que antes eram rectos na parte de fora e redondos na parte interior, começam agora a ficar arredondados, devido ao desgaste.

- Os pinças começam a arredondar aos 9 anos;
- Os médios, ao 10 anos;
- Os cantos entre os 11 e 12 anos.

Dentição Cavalos


Dentição Cavalos

Fase 6 - Triangularidade 

Na continuidade do desgaste dos dentes, começa a atingir-se a triangularidade, o que significa que os dentes tomam a forma de triângulos, com o bico virado para dentro.

- Pinças – aos 14 anos
- Médios – aos 15 anos
- Cantos – entre os 16 e 17 anos


Dentição Cavalos
Fase 7 - Biangularidade

Nesta fase o ângulo feito entre os incisivos do maxilar superior e inferior começa a agudizar. Até esta data os dentes eram mais ao menos verticais uns com os outros...a partir de agora, começam a ficar em forma de <...progressivamente.

Dentição Cavalos

- Pinças – aos 18 anos
- Médios – aos 19 anos
- Cantos – aos 21 anos

Também começa a surgir, perto dos 10 anos, uma linha nos cantos superiores, que começa em cima, perto da gengiva e atinge, aos 20 anos, o fim do dente. Esta linha é conhecida como Linha de Galvayne.

Dentição Cavalos

Problemas relacionado com a dentição:

Surgem, por vezes, problemas relacionados com a dentição dos animais. Nestes casos, chamar um veterinário é uma boa opção, uma vez que na maioria dos casos, só a sua intervenção solucionará os problemas.

Dois dos problemas possíveis são:

 - A Cauda de Andorinha– consiste numa aresta, formada nos cantos (incisivos), devido a desgaste do dente, na sua parte mais central, pelo que fica com um bico na ponta mais afastada dos pinças. A cauda de andorinha aparece por volta dos 7 anos e novamente por volta dos 13…em ambos os casos acabo por desaparecer, com o tempo e uniformização do desgaste.


Dentição Cavalos
(cauda de Andorinha)

Durante esta fase, à que prestar atenção especial às fezes do animal, tentando ver se a situação dentária lhe permite triturar e esmagar bem os alimentos, o que é vital para evitar problemas graves como cólicas.
Já agora…monotorize-se tb se o animal diminui a quantidade de alimento ingerido, ou não.

o Dente de Lobo – este dente é um dente que cresce, em alguns cavalos (predominantemente fêmeas e de raças mais especificas, como o PSI e PSA), mesmo encostado ao 1º pré-molar, na barra em que funcionam as embocaduras. Como é fácil de perceber, dado que o ferro na boca vai trabalhar a provocar dor num dente e não a tocar na barra, que este traz problemas na monte do animal…que, devido à dor, se recusa a trabalhar, não responde da melhor maneira e até pode ser agressivo em reacção.
Para evitar que estes casos atinjam tais proporções, o melhor método é proceder à remoção do Dente de Lobo, o mais cedo que o mesmo se encontrar, uma vez que em animais velhos, já este dente estará partido.


Dentição Cavalos

Ferração


Na rotina do tratamento do seu cavalo não deve esquecer-se dos cuidados a ter com os cascos, pois são essências para mantê-lo saudável. Desde os seus primeiros anos o cavalo deve ser inspeccionado por um ferrador de 6 em 6 semanas, mesmo que seja somente para aparar os cascos. Em caso de o animal precisar de usar ferraduras, para tornar o trabalho mais confortável, estas também deverão ser tiradas num período de 6 semanas para que os cascos sejam aparados.
O dono do cavalo deve limpar os cascos pelo menos um vez por dia e verifica-los assim como as ferraduras para, se necessário contactar o ferrador. Deve também saber retirar uma ferradura solta para agir em casos de emergência, deve fazê-lo do seguinte modo:

          Levantar o casco e, utilizando um saca-rebites, cortar as pontas dos cravos que estão dobradas para fora;
          Usar a turquês para separar a ferradura do casco, começando do talão (atrás) para a pinça (frente);
          Agarrar a ferradura a frente e arrancá-la com a turquês puxando para trás.



Métodos de Ferração:
O cavalo pode ser ferrado de dois modos: a frio ou a quente. Na ferração a frio a medida das ferraduras é a mesma da do casco, podendo o ferrador fazer alguns acertos na sus forma. Apesar destas ferraduras não ficarem tão perfeitas como as acertadas a quente, um cavalo bem ferrado a frio fica melhor servido do que um mal ferrado a quente. Na ferração a quente a ferradura, previamente aquecida é encostada ao casco; as desigualdades do corte do casco que necessitam ser corrigidas antes de colocada a ferradura são reveladas pela área chamuscada. Esta parte do casco pode ser queimada e pregada sem que o cavalo se magoe pois não possui nervos.


Tipos de Ferraduras:
O material geralmente utilizado nas ferraduras é o aço, no entanto podem ser feitas de outros matérias: de alumínio (usadas nos cavalos de corrida dado que são mais leves); de plástico aderente (para cavalos que não suportam os cravos). Existem também ferraduras ortopédicas ou cirúrgicas utilizadas em casos de laminite e de doença do navicular.
As ferraduras de metal são mantidas no lugar por placas triangulares – os arpões. Nas ferraduras das mãos é utilizado um único arpão no meio à frente; as dos pés têm dois nos quartos. Os arpões dos quartos evitam que a ferradura se desloque para os lados, permitindo que o ferrador corte mais o casco à frente e recue um pouco a ferradura no casco; isto evita que o cavalo bata com o pé na mão do mesmo lado.

           

Pitons ou Rompões:
Os pitons são colocados nas ferraduras para dar uma maior aderência. São enroscados em buracos que são feitos nos talões das ferraduras podendo ter várias formas: em bico para um piso duro e, para piso mole forma quadrada. Quando o cavalo não está a trabalhar, os pitons devem ser retirados e os orifícios devem ser preenchidos com um tampão próprio ou com algodão.

Aprendizagem Equina

Comunicação com o Homem:
Parece correcto afirmar, que o homem comunica inconscientemente com o cavalo, pelo odor que exala. Pessoas assustadas e agressivas, libertam odores que revelam o seu estado de espírito ao equino hipersensível, tornando-o apreensivo ou agressivo.
O provérbio «Um homem confiante faz um cavalo confiante» é revelador da hipersensibilidade do animal. Os cavalos sentem o estado de espírito do cavaleiro e reagem com ele. Um cavalo ao ser montado consegue aperceber-se, se está a lidar com uma pessoa experiente ou não, em função dos estímulos que este lhe envia e que o cavalo recebe através das células receptoras que possui ao longo do seu dorso, e de todo o corpo. O homem procura comunicar ao apresentar-se pelo toque ou através de palmadinhas. O afagar é outra forma de comunicação com os cavalos e constrói uma relação entre os dois. O acto de tratamento é um exemplo, e quando se monta, muitas das línguas de cooperação estão relacionadas com o tacto. Por exemplo, a perna exerce pequenas pressões nas células receptoras do cavalo e a mão comunica pelo toque na boca, através de rédeas e freio. Alguns cavalos aprendem a atrair o homem relinchando alto, se a comida vem atrasada.

Comunicação entre Cavalos:
O cavalo é um animal de manada e precisa comunicar com os outros membros da mesma. Claro que não tem discussões filosóficas. Necessitam apenas de transmitir emoções básicas e de estabelecer uma hierarquia de dominância sem recorrer a violência. Os cavalos domesticos tratam o homem como um elemento da manada, pelo que usam o mesmo tipo de linguagem corporal para connosco.
Essa linguagem corporal pode-se manifestar de várias formas:
- Contentamentos:
            - Sinais de Felicidade – Um cavalo satisfeito não se preocupa com os outros que se encontram a sua volta.
- Impaciência:
            - Movimentos de cabeça – Os cavalos não gostam de ser ignorados, podem exigir atenção dando um empurrão com o focinho.
            - Bater com os cascos – Um cavalo pode ficar impaciente quando espera pela comida ou quando esta preso.
- Aborrecimento:
- Dentadas nos outros cavalos -   A dentada significa apenas « a minha posição na hierarquia permite-me morder-te quando me apetecer».
- No estábulo – Se um cavalo quiser ser deixado em paz, vira as costas aos outros cavalos, « não quer conversas ».
Os cavalos comunicam vocalmente, relinchando por companheirismo ou por excitação.

Habituação:
A aprendizagem também se pode processar através da habituação, que consiste na diminuição de tendências para responder aos estímulos que se tornam familiares, devido a exposição contínua aos mesmos.
Pode ser exemplificado do seguinte modo:
Um cavalo quando e exposto a um ruído súbito assusta-se, mas se ruído for repetido, duas três vezes, o susto vai diminuindo gradualmente ate ser ignorado.
O mesmo acontece quando se prepara um cavalo, durante o processo de desbaste para ser montado. Primeiramente faz-se o aquecimento passando-o à guia, durante o qual se fazem vários movimentos repentinos, como levantar a mão para sacudir uma mosca, bater com o pé no chão etc…
A primeira vez que o cavalo presencia estes movimentos assusta-se, mas depois de serem repetidos várias vezes, já os consegue reconhecer como sendo familiares.
Os cavalos têm normalmente medo de água, pois não conseguem ver o chão através dela. Este tipo de medo, envolve um processo mais delicado de aprendizagem. O cavalo tem de se sentir confiante, e o homem por sua vez tem de lhe mostrar que não existe nenhum mal com uma pequena poça de agua e que não há motivo para ter medo.
No inicio, ao molhar as patas reage logo, acelerando o passo e até pode saltar, mostrando-se desconfiado, mas depois de muita insistência do homem e de recusa por parte do cavalo, acaba por passar sem receios.
O processo de habituação já se finalizou.
No que se refere à aprendizagem cognitiva, um cavalo adquire vários elementos de conhecimento ou cognições, que se organizam para serem utilizados.
O homem quando exercita um cavalo, ou seja quando o passa á guia, ou por outras palavras, quando o submete a um teste de preparação física, aplica a voz, que o associa aos vários andamentos de cavalo.
Homem --à Cavalo:  Voz calma à Passo
                                   Voz Alta e Firme à Trote
                                   Voz mais alta e firme à Galope
                                   Assobiar calmamente à Passo
Daqui se conclui que o < O cavalo aprende fazendo, e não de outro modo>.

Um Teste à Comunicação:
Segundo Paul Watzlawick, em 1904, o sonho de se estabelecer a comunicação entre homem e o cavalo, tornou-se real, a noticia espalhou-se.
Hans, era um cavalo com o qual Wilhelm Von Osten estabeleceu comunicação. Ensinou-lhe aritmética, a dizer as horas e a reconhecer pessoas através de fotografias.
Hans, batia com a pata no chão, para comunicar, Batia uma vez para o A e assim por diante.
O Cavalo foi submetido a várias experiências para se verificarem que não existiam truques na comunicação, pois respondia sempre correctamente aos problemas que o seu dono lhe punha, e passou a todos com distinção.
Mas foi mais tarde que Stumpt descobriu o seguinte:
O cavalo falhava sempre que a solução do problema que lhe era posto não era conhecida por nenhum dos presentes. O cavalo também falhava quando lhe punham palas que o impediam de ver as pessoas.
Daqui pode-se concluir que o cavalo ao longo do tempo deve ter aprendido a resolver problemas e a prestar mais atenção, a responder ás mudanças de postura do seu dono. A recompensa era o facto principal da motivação e atenção de Hans.

Conclusões:
O cavalo doméstico ocupou sempre um lugar importante na vida humana. Quando os cavalos foram domesticados, é provável que desempenhassem dois papéis.
Os cavalos das florestas, mais lentos, eram provavelmente bestas de carga. Os cavalos das planícies, mais velozes que um meio para deslocações rápidas.
Nos nossos dias, os cavalos já não são usados nas batalhas, os tractores substituíram-nos na agricultura e o motor a diesel é o principal meio de transporte, mas os cavalos continuam a merecer um grande estima. Desde que foram domesticados que os humanos os reproduziam selectivamente de modo a satisfazerem necessidades especificas ou conceitos de beleza. Há agora vários tipos diferentes de cavalos e um grande número de raças específicas reconhecidas internacionalmente. Tal como no passado, os diferentes tipos de trabalho requerem diferentes tipos de cavalos.