CORRIDAS Mau tempo adia Grande Prémio e provoca sérios estragos na pista | ||
O Grande Prémio de Portugal de Galope Golden-Prize e o Silver-Prize, seriam disputados este ano pela primeira vez no Hipódromo de Cabeçeiras de Basto, no passado dia 10 de Outubro, mas os avisos se Alerta Amarelo de mau tempo em todo o território faziam temer o pior e assim foi, porque a pista ficou totalmente impraticável e destruída em alguns locais, o que obrigou a adiar para data ainda a anunciar o Grande Prémio, ainda dependente das obras de recuperação e da meteorologia. O Grande Prémio é aguardado com ansiedade por todos os principais intervenientes neste desporto que preparam com afinco a prova mais importante do ano, o Grande Prémio de Portugal de Galope Golden-Prize, com 2400m, para cavalos fundistas e o Silver-Prize, com 1600m, para cavalos velocistas, ambas as provas a disputar no mesmo dia e que frequentemente trazem surpresas quanto ao vencedor. O Grande Prémio de Portugal de Trote Atrelado Golden-Prize e o Silver-Prize será em princípo disputado ou no Hipódromo de Felgueiras ou no da Maia. Essa decisão será tomada brevemente, assim como a data definitiva. A Fundação de Alter está a passar por um processo de restruturação e mudança e por isso não serão concedidos apoios financeiros à Liga para a prova, de resto, todo o apoio técnico e logistico será concedido. Essas mudanças em Alter também não alteram em nada todos os acordos firmados entre a Liga e as várias instituições oficiais ligadas às corridas e apostas de vários países. O novo presidente, António Coelho de Sousa, já reuniu com a Liga e reitera todo o apoio possível. Apostas mútuas hípicas, Governo mostra interesse As apostas mútuas hípicas voltaram a estar na ordem do dia do Governo. A Liga tem sido solicitada para participar activamente no processo. Há um importante grupo financeiro estrangeiro que está a desenvolver um forte trabalho no sentido de introduzir as apostas em Portugal. Têm sido mantidas várias reuniões com o Ministério da Agricultura e da Economia e sido fornecidos diversos dossiers com os dados sobre as corridas de cavalos em Portugal. A Liga tem reunido com a Fundação de Alter e a Federação Equestre Portuguesa, que tem demonstrado um papel mais activo. O novo Ministro da Agricutura, António Serrano, parece demonstrar um grande interesse na questão das apostas mútuas hípicas. Agosto com muito público Na época de Verão, tradicionalmente as corridas tinham uma diminuição do número de público a assistir em algumas pistas. Isso deixou-se de verificar desde que se começaram a fazer as provas nas pistas mais recentes e associadas às festas populares locais, o que veio trazer uma verdadeira enchente de público às corridas. Como são locais onde existe uma grande comunidade de emigrantes que conhecem as corridas de cavalos nos países onde trabalham no estrangeiro, quando sabem que há corridas cá vão assistir e aumentam consideravelmente ainda mais o número de espectadores. Normalmente, as pessoas que desconheciam que há corridas de cavalos em Portugal ficam surpresas por as haver e se obviamente não se podem comparar com alguns países, a opinião geral é que o nível qualitativo é já bastante bom. A realização de uma nova prova no Hipódromo de Guimarães foi um autêntico sucesso e uma importante mais valia. Devido ao estado económico do país, é de louvar os esforço que algumas autarquias e particulares têm feito para apoiar a Liga na realização das corridas de cavalos. As próprias câmaras colhem benefícios turísticos, porque algumas provas já se tornaram num dos eventos mais importantes da região. Na Maia, por exemplo, a câmara municipal envolveu todas as suas freguesias, para que apoiem as corridas, ou seja, cada dia de provas é dedicado a uma ou mais freguesias. Uma das grandes apostas desta direcção é levar as corridas às pessoas, infelizmente no Sul isso ainda não foi possível depois de múltiplos planos abortados. A Liga esteve presente na Reunião na Tunísia da União Hípica do Mediterrâneo. Todos os países presentes estão à espera que as apostas mútuas hípicas sejam introduzidas em Portugal para fazarem cá investimentos e para que Portugal possa acolhar uma reunião da União. Aqui ficam as opiniões de André Meunier, responsável pelo desenvolvimento e formação para os países estrangeiros da "Cheval Français", Ricardo Carvalho e Manuel Armando, Presidente e Director Técnico da Liga, sobre o estado actual das corridas e da questão das apostas. André Meunier, responsável pelo desenvolvimento e formação para os países estrangeiros da "Cheval Français": Que interesse tem uma grande companhia como a "Cheval Français" num país como Portugal, onde não existem apostas mútuas hípicas e as corridas de trote atrelado estão ainda pouco desenvolvidas? Eu interessei-me por Portugal porque vimos um bom potencial, já conhecia alguns profissionais portugueses e estavamos cientes que se vendiam bastantes cavalos para Portugal. Já há três anos que começei a seguir as corridas em Portugal, vi muita coisa a mudar e a evoluir. Eu penso que com a ajuda da "Cheval Français", da Liga, da Fundação Alter Real e dos profissionais das corridas de trote, podemos continuar a melhorar o sistema. Eu encontrei-me, nestes últimos três anos, com muita gente e penso que Portugal tem muito potencial, gente talentosa e por isso continuamos a apoiar em todos os sentidos, quer através da formação, quer monetariamente, as corridas em Portugal. As apostas mútuas hípicas são essenciais para o desenvolvimento das corridas em Portugal? Sim, elas são absolutamente essenciais, como em qualquer país. Ricardo Carvalho, Presidente da Liga: "Tendo em conta as condicionantes e a grande crise geral que se vive, o campeonato tem corrido bem, dentro das expectativas. A única excepção foi a necessidade de para já adiar duas provas previstas para o Hipódromo de Felgueiras, pois a câmara municipal não prestou o apoio financeiro previsto. As provas têm estado sempre cheias de público e com um bom nível competitivo, mas principalmente o trote atrelado tem evoluído cada vez mais. Em Cabeceiras, em Felgueiras, na Maia, tem havido um esforço grande das autarquias e das pessoas, sabendo nós que é um investimento considerável a manutenção das pistas de corridas, tentando melhorar as infra-estruturas. Em Agosto tivemos algumas provas que foram muito disputadas e tiveram um grande número de espectadores, como a Corrida do Emigrante, em Celorico. Em relação às apostas hípicas, como sempre, estou bastante optimista quando se começam a mexer nas coisas. Foi solicitada à Liga pelo Governo bastante documentação sobre as corridas de cavalos em Portugal e as apostas e o volume de informação solicitado deixa-me um bocado optimista. Acho que a actual conjuntura económica e a necessidade de revitalizar a agricultura, está a fazer com que o Governo considere seriamente a hipótese das apostas equestres, pois estas serão uma grande fonte de receitas." Manuel Armando, Director Técnico: "O campeonato tem decorrido normalmente, sempre muito competitivo. A nível do galope as coisas têm-se mantido num bom nível, agora a nível do trote atrelado tem havido uma enorme evolução, com os espanhóis em grande evidência, de momento os portugueses não têm nem o nível técnico nem a qualidade dos cavalos para poderem competir com os espanhóis. Os espanhóis têm cavalos melhores, melhor formação e preparação, inclusive com profissionais de topo franceses já com muita experiência. Qualquer pessoa, independentemente da nacionalidade e desde que cumpra os requesitos exigidos, pode ser sócio da Liga, dessa forma, os espanhóis sendo sócios da Liga têm exactamente os mesmos direitos e deveres que os sócios portugueses. Esta superioridade exibida pelos espanhóis, não é do agrado de alguns concorrentes portugueses. Na minha opinião é altamente positiva, pois não só vem melhorar o espectáculo para o público, como vem servir de exemplo para que os portugueses evoluam técnicamente. Situações idênticas já se passaram no passado e o resultado foi que os portugueses mostraram ter capacidade de aprender, investir e evoluir, e isso demonstram as vitórias posteriormente alcançadas no estrangeiro. O apoio dado ao trote pela "Cheval Français" é para todos os sócios da Liga, independentemente da nacionalidade. Esse apoio é monetário e depois é distribuído nos prémios. Tem havido muitas movimentações, até na comunicação social, no que diz respeito às apostas mútuas, pode ser que nesta legislatura se dê a tão esperada mudança." |
11 de fev. de 2011
Mau tempo adia Grande Prémio e provoca sérios estragos na pista
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