Triunfo da bravura açoriana em noite de debute no Campo Pequeno

	TAUROMAQUIA
Da açoriana ilha Terceira vieram os toiros de Rego Botelho que nesta noite debutaram no Campo Pequeno, apresentado uma corrida de apresentação muito cuidada, equilibrada fisicamente, e de nota alta em comportamento de uma forma geral.  Destaque para o segundo da noite, primeiro de António Ferrera, verdadeiramente bravo, profundo e com recorrido, ovacionado aquando da sua recolha, um verdadeiro hino à aficion açoriana que nesta noite emprestou os seus conhecimentos de tauromaquia para dar solenidade a um Campo Pequeno que por vezes não a encontra noutros públicos. Joaquim Bastinhas e Luís Rouxinol protagonizaram a parte a cavalo, com melhor prestação do segundo e uma noite desinspirada do primeiro, sem no entanto romperem a sério. Mediana foi também a prestação dos forcados da Tertúlia Tauromáquica Terceirense, que tiveram uma noite emotiva mas pouco conseguida tecnicamente. Luis Bolívar, que nesta noite substituiu Alejandro Talavante que declarou não poder estar presente por motivos de saúde (processo muito contestado e com fortes indícios de burla), encontrou-se somente com o seu segundo, ultimo da noite, saindo o público agradado com a sua prestação. Mas a noite foi de Ferrera, do extraordinário regobotelho que lhe calhou em sorte e da entendida aficion açoriana que por várias vezes explodiu em ovação durante a faena, aplaudindo toureiro e toiro, com mais que justificada volta à arena do ganadero. Carlos César, presidente do Governo da Região Autónoma dos Açores fez questão de marcar presença nesta noite, declarando à Equitação que este foi “…um dia muito importante porque assinala um reconhecimento de uma progressão e de uma melhoria que se tem vindo a verificar ao longo dos últimos anos, quer do ponto genético na melhoria animal, quer na melhoria da arte taurina nos Açores. A presença pela primeira vez de uma ganadaria açoriana no Campo Pequeno é uma comprovação desse progresso e dessa melhoria. É com muita alegria que aqui estamos e esperamos que esta festa corresponda ao esforço que tem sido desenvolvido pelos ganadeiros e por todos os que se decidam à Festa Brava nos Açores e que são cada vez mais. Hoje temos uma aficion à corrida de toiros que se tem desenvolvido e consolidado, tendo como base a ilha Terceira e que se vai disseminando pelas várias ilhas, sempre com especial destaque para as touradas à corda que popularizam cada vez mais esta tradição tão portuguesa.”